quinta-feira, 20 de setembro de 2012

Bom, pessoal. Esses dias estive (e continuo) trabalhando em alguns projetos relacionados a quadrinhos, ilustração e afins. Aguardem, que em  breve teremos novas HQ's aqui no site. Pois bem. Pesquisando um pouco mais sobre o assunto, encontrei esse post interessantíssimo sobre arte-final e gostaria de compartilhar com vocês. Divirtam-se!
Well, folks. These days I was (and still) working on some projects related to comics, illustration, and the like. Stay tuned, we will soon have new Comic stories here on this site. Well. Researching a little more on the subject, I found this interesting post about artwork and would like to share with you. Have fun!



Arte-Final: Materiais e Técnicas, parte I


Olá, pessoal!

Vou dar início a uma série de posts sobre os materiais que uso na minha arte-final e algumas dicas sobre técnicas, conservação e até preços. É um pouco do que fiz em eventos como Maratona Devir e Rio Comicon... com o benefício de ter links!



Gostaria de ser purista a ponto de dizer que só uso pincel e nanquim na minha arte-final, mas não sou. Eu acabo usando, além dos pincéis, várias canetas. A maioria delas simula pincel de alguma forma, e eu vou diferenciar isso para vocês também.

Vou colocar nas explicações, links de lojas virtuais onde pode-se encontrar esses materiais (alguns deles, só importante mesmo. É uma pena, mas chegaremos lá em breve). Ou, se for material de fácil acesso aqui, pelo menosp ara ver como ele se parece.

Primeiramente, conceitos.

Arte-final é o nosso termo para "inking". O "inker", ou arte-finalista, é o cara que cobre o traço do desenhista com nanquim. Desenhista esse, que em Inglês é chamado de "penciller", ou o cara que faz o lápis. Geralmente, nos quadrinhos americanos, há uma equipe criativa, e nem sempre o penciller e o inker são a mesma pessoa.

Certos artistas, como Jim Lee, trabalham há anos com o mesmo arte-finalista, obtendo um resultado muito melhor. A sintonia entre os dois profissionais tem que ser muito boa, e precisa haver um respeito mútuo no estilo do traço.

Um bom arte-finalista deve, além de preservar e reforçar o traço do desenhista, colocar um pouco de si no trabalho. Poderia ser um processo meramente mecânico, mas umbom arte-finalista consegue enriquecer mais ainda o resultado final.

Eu praticamente nunca arte-finalizo desenhos de outros artistas. Uma feliz exceção foi quando fiz o nanquim do desenho do Wanderson de Souza, numa HQ da Nanquim Descartável que saiu na Café Espacial #6. Clicando aqui, você vê uma amostra das páginas.

Cada artista escolhe seu material. Nem sempre o pincel e nanquim é a combinação ideal. Existem canetas, bicos de pena, tablets e por aí vai. Eu mesmo ando me aventurando em arte-final digital, usando o programa Paint Tool SAI, e gosto muito do resultado. A primeira HQ da Pieces #3 foi arte-finalizada digitalmente (veja aqui) e vários trabalhos de ilustração em 2010 foram feitos com o mesmo programa.

Arte-final digital pode ser feita com vetores, brushes, bitmaps, enfim, várias formas. Como não sou expert nisso, só indico o Paint Tool SAI mesmo. Ele é ótimo para controle da pressão, a linha é sempre bem afiada (diferente do Photoshop, onde o máximo que consigo é uma linha meio esfumaçada que acaba mais grossa do que eu gostaria). Veja a comparação abaixo.

Teste no Paint Tool SAI, acima. Perceba que as linhas são muito mais afiadas, e as bordas não parecem em nenhum momento esfumaçadas.

Teste no Photoshop CS3. Vejam que a linha até começa bem fina, mas nunca termina fina de verdade, a não ser que você mal enconste a caneta na tablet. Olhando de perto, as bordas das linhas ficam um tanto borradas, e por mais que não apareça tanto num desenho de longe, de perto fica gritante.

No entanto, gosto é gosto, claro. Meu amigão Eduardo Ferigato destrói na arte-final digital com o PS, e não curtiu o Pain Tool. No traço dele, realmente, o PS fica muito bom.


Como eu disse, cada um ascolhe o material que mais lhe convém. Não quero que pensem que os materiais que vou citar aqui são necessários para um bom resultado. Tem gente que faz maravilhas com caneta BIC, e gente que se mata com pincéis caros sem um bom resultado. O importante é saber usar e cuidar do material, e saber quais resultados ele pode proporcionar. Não espere de um bico de pena um resultado igual ao de uma caneta 0.3.

Experimentar novos materiais é essencial, e isso engloba não só arte-final, mas lápis, borrachas, papéis, softwares...

No que diz respeito ao lápis, então, rola um certo menosprezo... Eu semrpe usei o lápis 2B da Faber-Catell. Aquele de corpo verde escuro, com filete dourado. Sempre me deu um resultado aceitável. Mas aí, com a faculdade de Artes, achei por bem começar a testar lápis mais caros. O grande problema, eu acho, é o PREÇO.

(aliás, abro um parêntese aqui para comentar isso. Preço é uma preocupação constante na compra de materiais artísticos. Infelizmente, quase tudo que é BOM é CARO. Você pode, por exemplo, comprar tinta à óleo da Gato Preto e ter ótimos resultados - eu usei na faculdade e nunca tive problemas - ou você pode usar uma tinta da Windor & Newton. E ter resultados ainda melhores. E duradouros.

Na hora de comprar material, se arrisque um pouco, gaste um pouco mais, mas teste coisas novas. Não é frescura, não é elitismo, não é propaganda. É fato. Um bom material sempre vai te garantir um resultado superior, e confiuar no material é importante.)

Mas, depois que eu percebi que comprando um lápis de 4 reais me trazia uma experiência muito melhor que o lápis de 1 real, eu mudei meus conceitos. Passei a preferir qualidade a preço baixo. E, no fundo, material sempre sai meio caro. A gente esquece de colocar essas coisas no valor final de um orçamento, por exemplo. Não se faz ilustração sem ter material. Não se tem material se não comprar material. É simples, mongo, mas verdade.

Enfim, sei que o assunto aqui é arte-final, mas quero compartilhar meu material completo. De novo, não quero dizer aqui que esse material É o top superfoda. É o material com o qual EU me sinto bem e trabalho bem, e que dá um resultado que me agrada. Se algum dia eu testar outro, e este novo me der resultados melhores, eu mudo na hora.

Bom, eu uso lápis da Staedler, série Lumograph. Uso o B, apesar de sempre ter usado o 2B da Faber. Essa gradação de maciez do lápis varia de marca em marca, e às vezes, dentro da prórpia marca.

Às vezes, uso lápis azul para fazer o esboço. Tenh uma lapisiera 0.7 onde uso grafite Blue da Pentel. Mas, vez ou outra, uso lápis de cor mesmo. Já testei Staedler, Koo-I-Noor, Faber, Prismacolor e por aí vai. Já testei o lápis azul não-reprodutível Primacolor Copy-Not (ele não sai no scanner nem xeroxes), mas achei muito duro e claro.

Minha obrracha favorita também é da Staedler, a Mars Plastic. É uma borracha plástica, mas macia. Consegue tirar bem o traço sem machucar o papel.

Uso, também, a popular Limpa-Tipos, ou cmo dizem por aí, kneaded eraser. A marca varia, e importa sim. Costumo usar da Koh-I-Noor, mas quando não tem, vou de Faber-Castell mesmo. O importante é ela ser macia, parecida com uma massinha, e não dura e esfarelenta. Uso essa borracha pra clarear o traço do lápis.

Quanto ao papel, uso da marca Canson. Gosto do bloco "Desenho", que tem uma textura mais granulada, e tem uma gramatura mais alta que o normal. Para aguadas e aquarelas, ele aguenta bem. O ruim é, na arte-final, ele segurar um pouco o pincel, e pela sua teztura, deformar um pouco as cerdas. Fiz a NÓS inteira nesse papel. Mas, principalmente, uso o bloco de "Lay-Out", com gramatura 120. É liso, então o pincel e as canetas deslizam melhor. Às vezes, uso o verso do papel, que é mais liso ainda.

Novamente, testar papéis e materiais para descobrir como você se sai melhor é a melhor escolha. Pode começar com lápis barato e sulfite, mas eventualmente, seu trabalho vai pedir mais qualidade e seriedade.

Bom, pessoal, por enquanto é só. No próximo post, falarei de canetas e brushpens. Aguardem!

Ah, e por favor, comentem, troquem ideias, mandem e-mails. É sempre legal ter feedback dessas coisas.

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